31-8-2000

 

Bertolt Brecht
 
1898 - 1956

 

 

Die Geschichte von der Mutter Courage


Es war einmal eine Mutter

War Mutter Courage genannt

Sie zog im Dreißigjährigen Krieg

Als Händlerin durch das Land.


Sie hatte keine Furcht vrom Kriege

Wollt machen ihren Schnitt

Und nahm, daß sie auch was kriegten

Ihre drei Kinder mit.


Ihr Älterster fiel, weil er ein Held war

Der zweite, weil er zu brav

Die Tochter hatt' eine zu gutes Herz

Als sie die Kugel traf.


          1950



 

A história da Mãe Coragem

 


Era uma vez uma mãe

Conhecida por "Mãe Coragem"

Ela andou na Guerra dos Trinta Anos

Como vendedeira através do País.


Ela não tinha nenhum medo das guerras

Apenas queria o seu quinhão,

Levou os seus três filhos consigo

Para que eles também por algo lutassem.


O mais velho caiu, por ser um herói,

O segundo por ser demasiado valente,

A filha tinha um coração bondoso em demasia

Ao encontrar uma bala no seu caminho.

 

 

 

 

 

 

 

Das Lied der Mutter Courage


Ihr Hauptleut', laßt die Trommel ruhen,

und laßt euer Fußvolk halten an:

Mutter Courage, die kommt mit Schuhen,

in denens besser laufen kann.

Mit seinen Läusen und Getieren,

Bagage, Kanone und Gespann -

soll es euch in die Schlacht marschieren,

so will es gute Schuhe han.

Das Frühjahr kommt. Wach auf, du Christ!

Der Schnee schmilzt weg. Die Toten ruhen.

Und was noch nicht gestorben ist,

das macht sich auf die Socken nun.



Ihr Hauptleut' eure Leut marschieren

euch ohne Wurst nicht in den Tod.

Lasst die Courage sie erst kurieren

mit Wein von Leibs- und Geistesnot.

Kanonen auf die leeren Mägen

Ihr Hauptleut', das ist nicht gesund.

Doch sind sie satt, habt meinen Segen

und führt sie in den Höllenschlund.

Das Frühjahr kommt. Wach auf, du Christ!

Der Schnee schmilzt weg. Die Toten ruhen.

Und was noch nicht gestorben ist,

das macht sich auf die Socken nun.


 

 

A canção da Mãe Coragem


Meu Tenente, deixe descansar o tambor,

E mande parar a sua tropa:

Aqui vem a Mãe Coragem, que traz os sapatos,

Que lhes irão  permitir correr melhor.

Irão marchar para o campo de batalha

Com os seus piolhos, parasitas,

Mochilas, canhões e parelhas,

Por isso precisam de bons sapatos.

Chega a Primavera. Acordem, por Cristo!

A neve vai derreter. Os mortos descansam.

E quem ainda não morreu,

Tem de enfiar agora as meias.



Meu Tenente, a sua gente não pode

Sem salsichas marchar para a morte...

Deixe que a Mãe Coragem lhes cure com vinho

As necessidades do corpo e do espírito.

Canhões contra estômagos vazios,

não é saudável, meu Tenente!

Daqui a pouco, já estão satisfeitos, têm a minha benção,

Pode então conduzi-los para o abismo.

Chega a Primavera. Acordem, por Cristo!

A neve vai derreter. Os mortos descansam.

E quem ainda não morreu,

Tem de enfiar agora as meias.

 

 

 

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