8-2-2008
A RAINHA JINGA (cont.)
Carta da Rainha Jinga ao Governador Sousa Chichorro - 13/12/1655 (original)
11/2/1657 (treslado)
[fol 1] Bento Baptista de Parada, escrivão da Câmara / Almotaçaria e Ouvidoria Geral nesta cidade de Sam Paulo / de Assumpção, Reino de Angola, Certifico aos que a presente / certidão virem que por parte do governador e Capitão geral deste dito Reino Luiz Martins de Sousa Chichorro me foi / apresentada hua carta da Raynha Ginga escrita e assinada / por seu secretario ao dito governador de que eu escrivão / dou fee por vir outra da mesma forma da qual carta o tres / lado he o seguinte:
Senhor. / Receby a carta de V. Sª, / a qual me entregou o Capitão Manuel Frois Peixoto, embaixador / de V. Sª, e por ela vejo gozar V. Sª saude, a qual nosso Senhor au / mente por largos anos, com muita paz e quietação, / como para mim desejo. Eu tenho saude para servir a V. Sª / com larga vontade, que o tempo amostrará. O dito em / baixador chegou tão fraco e maltratado do caminho, por / razão das aguas, o qual mandey logo aposentar e descansar; / dahi a três dias, que foi hu sabado, cinco de dezembro, me / deu a embaixada de V. Sª em nome de Sua Magde, que Deus guarde, / com tanta autoridade, e propôz com tanto valor, que logo / vy me fala verdade em tudo o que diz, porque estou tão quei / xosa dos governadores passados, que me prometerão / entregarem minha Irmãa, pela qual tenho dado en / finitas peças e feito milhares de banzos e nunca ma / entregarão, mais, antes movião logo guerras, com que me / inquietarão e fizerão sempre andar feita jaga, usando / tiranias, como he não deixar criar creanças, por ser estilo / de quilombo, e outras cerimonias e todas deixarey e dou a V. Sª / [fol.2] minha real palavra, tanto que tiver religiosos, que / me deem bom exemplo a meus grandes, pera que os ensinem / a viver na Santa Fee Catholica, assim espero que / V. Sª me faça merçe mandar o padre Frei Serafim e o / padre Frei João da ordem do Carmo, por ser hábito, que desejo / ver e tambem me dizem ser bom pregador, e saber a lin / gua de Dongo. Com estes dous religiosos pode V. Sª fazer-me / merçe mandar-me minha Irmãa, que com eles vem / bem acompanhada, e autorizada e quando V. Sª fôr ser / vido que venha mais algua pessoa, seja hu soldado, que / faz foguetes para com eles festejar minha Irmãa, querendo / Deus; tambem pode vir hu soldado pera que sirva de / são Cristão aos Reverendos padres; e tanto que tiver no / ticia que está minha Irmãa na Embaca, partirá desta / minha Corte o Capitão Manuel Frois Peixoto a buscala, que / a ele compete, pois teve o trabalho de reduzir meus gran / des que tão desconfiados estão de enganos passados, e não / pareça a V. Sª que merece o Capitão Manuel Frois Peixoto pouco louvor, / pois chegou a acabar com eles e comigo, ser esta embaixada / verdadeira e não como as passadas, que tenho dito; e de quem estou / mais queixosa he do Governador Salvador Correa, a quem dey as peças / que V. Sª lá saberá e fiz duzentos banzos, por ver se me man / dava pessoa, como foi o Capitão Môr Ruy Pegado por embaixador / em nome de Sua Mgde que Deus guarde, que me entregaria / minha Irmãa e haveria muita paz, entendy que não podia / faltar à palavra Real, e por estes enganos e outros ando / pellos matos, fora de minhas terras, sem ter quem in / forme a sua Mgde , que Deos guarde, de meu pouco sossego tendo / [fol.3] eu tantos desejos de estar em paz com o dito senhor e seus / governadores; mas todos os passados vierão tratar do seu pro / veito, e não do serviço Real, de que estou informada, que tanto lhes / encomenda Sua Mgde pois tanto lhe importa este Reino a seus / Reais direitos e mais importará estando eu sossegada em paz / fazendo feiras mais perto pera os pumbeiros lhes não custar / tanto trabalho trazer as fazendas tão longe e eu gozalas / mais baratas; alfim, espero em Deus que só V. Sª ha-de ter louvor / com Sua Mgde , Deos guarde, de me deixar em paz e sossegada, e a / Quiçama conquistada, cousa que nenhu governador fez nem me / receu tal gloria; eu me ofereço para ajudar V. Sª na conquista / dela, quando não queira dar obediencia, mandarey hu dos / meus grandes com o môr poder que se possa, quando V. Sª levar / gosto. Isto farey em sinal de obediencia que dou a Sua Mgde , que / Deus guarde, e tambem dou a minha palavra que tanto que che / garem os Reverendos padres com minha Irmãa, tratarey logo de deixar / parir e criar as mulheres seus filhos, cousa que até agora não con / senty por ser estilo de quilombo, que anda em campo, o que não / haverá, havendo paz firme e perpetua, e em poucos anos se torna / rão minhas terras a povoar como dantes, por que até agora me não / sirvo senão com gente de outras provincias e nações que tenho / conquistado, e me obedecem como Sua Senhora natural, com muito amor / e outros por temor. Não podia V. Sª mandar-me embaixador que mais / me alegrasse, que o Capitão Manuel Frois Peixoto, por saber bem declarar-me / tudo pela lingua deste meu Reino. Todos meus grandes tem [estão] tão / contentes, que dizem que só ele me traz paz verdadeira, e fala / verdade e tudo o que V. Sª lhe ordena por seu Regimento. E já me con / sidero com a prenda que desejo e com muita paz e quietação esses / dias que viver que já sou velha e não quero deixar minhas / terras senão a minha Irmãa, e não a meus escravos, que haverá / [fol.4] muita ruína e não saberão obedecer a S. Mgde , Deus guarde, / e como minha Irmãa o saberá fazer pois há tantos anos / que assiste com os brancos e hé tão boa christã como me / dizem. E não se leve V. Sª de ditos de moradores que sempre tra / tarão de me enemistarem com os governadores passados. E V.Sª / como parente do senhor governador João Correa de Sousa, meu / Padrinho que Deus tem em gloria, me ha-de fazer merçe / alcançar esta paz, por carta firmada da mão de Sua Mgde , / para mais firmeza minha e de meus grandes para que sosseguem / e tratem de cultivar as terras, como dantes. O Capitão Manuel / Frois Peixoto me pediu, da parte de S. Mgde e de V. Sª, o Jaga Cabuco, / por tão bom estilo, que lho não pude negar, posto que tinha / do dito Cabuco muita queixa por me haver estruido [destruido] minhas / terras, razão fora, que andasse em meu serviço alguns anos / pera me satisfazer parte de tanta perda, como me deu; Contudo / são tão grandes os desejos que tenho de ver minha Irmãa, que / tanto que ela chegar a esta minha Corte, darey logo licença / ao dito Jaga pera que se vá com o Capitão Manuel Frois Peixoto quando / partir e que logo esteja ás suas ordens. Isto pode V. Sª ter por / certo, como o socorro que digo darey para a Quiçama, se a V. Sª / lhe for necesário e tudo o mais que me for mandado, amigos / damigos, enemigos denimigos. No que toca as duzentas / peças que V. Sª me pede pelo resgate de minha irmãa D. / Barbora, he hu preço muito rigoroso, havendo eu dado as / peças que V. Sª já deve saber de saber aos governadores passados / e embaixadores, fora mimos a secretarios e creados de sua / casa, e a muitos moradores, que ainda hoje sinto enganos. / O que me atrevo a dar a V. Sª, serão cento e trinta peças, o cento / mandarey tanto que estiver Irmã minha na Embaca / [fol.5] e pera isso ha-de ficar em refens o embaixador até que / a dita minha Irmã entre nesta minha Corte, que veja / eu a verdade, porque me não suceda o que me tem sucedido / e usarão comigo os Governadores passados, e não estranhe / V. Sª querer-me segurar, he escusar desgostos, suposto que en / tendo ser esta embaixada muito verdadeira mas os meus / grandes estão duvidosos, por lhes lembrar o passado. V. Sª perdoe / ser esta carta tão larga, porque emporta assim. O embaixador / me entregou o mimo que V. Sª me enviou, pelo qual lhe rendo / as graças; estimey muito o copo de madre perola; V. Sª senão / canse comigo, porque tudo me sobra nesta minha Corte, só / de minha Irmã careço, e com a sua vinda hei-de servir a V. Sª / muito a seu gosto, como V. Sª verá. Este portador vay pela / posta dar a V. S.ª aviso do que assentey como o embaixador, / e por hir depressa leva doze peças, não mais, que são para / doces de V. Sª. Matamba minha Corte treze de Dezembro de / mil seiscentos e cincoenta e cinco anos. Rainha D. Anna de Sousa.
in Arquivo Histórico Ultramarino - Angola, 13/12/1655 - Cx. 6, Doc. nº 34.
(leitura da minha responsabilidade feita sobre o documento original)
(Transcrição de pags. 180 a 184, da tese de mestrado da Dr.ª Maria Isabel Figueira Freire, cuja autorização para aqui inserir esta carta se agradece).
A 31 de Janeiro, antes, portanto, do seu consórcio, a rainha falou ao seu povo, cerca de duas mil pessoas, com tambores e bandeiras, reunidas no largo da Igreja, de pé numa cadeira de espaldas, com o arco de guerra na mão.
“Quem poderá vencer jamais este meu arco?” indagou à multidão. E como esta respondesse que ninguém, ela repetiu a palavra, para acrescentar: “Só o Maniputo, el-Rei de Portugal, o pode vencer agora; digo a todos vós outros que já tenho feito pazes com ele, nem quero andar mais pelos matos como até agora tenho feito; agora é tempo que eu deite o arco de parte (e dizendo isto o botou no chão), quero viver em paz e quietação, já estou velha e não me convém andar mais nada como até agora tenho feito. Rendo as graças a todos os trabalhos que tendes padecido nas guerras e agora em resgatar a minha irmã. Ela já aqui está para me fazer companhia que é o que eu desejava (aqui veio D. Bárbara e se botou no chão, revolvendo-se nele como é seu estilo por agradecimento). Agora cada um atenda a arimar e a fazer casas fixas e viver em paz nelas, que aqui hei-de estar até viver.
Vós sabeis que pelo passado tive um só marido e isto foi estilo dos meus antepassados; os outros que tinha, eram só por grandeza, porém não fazia vida com eles. Agora vos tenho chamado aqui todos para fazer-vos saber que, domingo, vou casar com meu marido, conforme a Igreja Romana, e isto para dar exemplo a vós outros para que todos se baptizem e se casem e vivam como bons cristãos. Nós temos feito igreja, aqui, temos um nganga capuchinho que nos está ensinando a verdade e aquilo que devemos fazer para estar em paz com Deus. Cada um pense assim mesmo e reconheça a mercê que Deus lhe faz agora. Por diante, não se há-de viver mais como gentios, todos havemos de baptizarmo-nos e fazermo-nos cristãos, e quem quiser casar, se case. Eu vos dou exemplo como haveis de fazer. Minha irmã, D. Bárbara, ela também casará com Manilumbo D. João.”
Carta de Fr. Serafim de Cortona para o Governador, de 21 de Março de 1657, escrita de Massangano, anexa à carta do Governador para o Rei, de 22 de Abril do mesmo ano. (A.H.U., papéis avulsos de 1657, caixa n.º 6, Doc. N.º 119). In Ralph Delgado, História de Angola, 3.º vol., pag.
Anexo 3
CARTA DO PADRE SERAFIM DE CORTONA AO PADRE PROVINCIAL DA TOSCANA (10-4-1657)
Descreve a conversão da Rainha Jinga, dando o discurso por ela feito a seu povo — Baptismos realizados de altos dignitários gentios — O sova de Luboto pede o baptismo e o Governador insiste neste sentido.
Molto Reverendo Padre nel Signore Osservandissimo, Salute.
Pax Christi. Dopo avere scritto a V.P.M.R., e dato relazione, ancorché breve, dello stato di questa mia Missione, essendo Iddio benedetto restato servito favorire con la sua assistenza, i travagli de’poveri Missionari, e concorrere con la sua Divina grazia con questa miserabile gente, mediante la quale si è operato e fatto tal profitto, che pare incredibile a chiunque tiene cognizione, si della condizione della Regina Zinga, e della gente che le sta’ soggetta, come del modo, e istituto di vita che teneva; avendo la Virtù Divina, che nell’operare non sta’ soggetta al tempo, fatto tal mutazione in Lei, e nella sua gente, che quella, che fin’ adesso è stata ritratto d’ogni barbarità, ora pare promotrice della Cristianità; tale è lo zelo che tiene, che tutti i suoi l’abbracino; e la prontezza che mostra in eseguire quanto dal P. Antonio da Gaeta (questo Padre passava sotto nome di P. Antonio Romano, affinché non fosse conosciuto in Portogallo per suddito del Rè di Spagna) che l’assiste, le viene insegnato, e suggerito per servizio di Dio.
Primieramente, essa, per dar esempio a’ suoi, si è maritata legittimamente, ed a fatto abbruciare tutte le superstizioni, e proibire con gravi pene. La cassa d’argento, sopra la quale si afferivano gli empi sacrifici di carne umana l’a offerta per farne una lampada grande. Dopo Lei si è battezzato il Zingamona, che è la prima persona dopo la Regina, con la sua moglie; dopo il battesimo si sono congiunti in Matrimonio, chiamandosi egli Antonio e la moglie Anna. E qui non voglio lasciar di riferirle la pratica fatta dalla Regina a tutti i suoi Principali prima di maritarsi.
L’ultimo giorno di Gennaio 1657, fece congregare in stilo di guerra tutti i suoi Principali, con circa due mila soldati, con tamburi e bandiere di guerra. Arrivati nella Piazza della Chiesa, fece la Regina portare una sedia, nella quale postasi a sedere, gustava di vedere gli atti di guerra della sua gente. Di li a poco pigliando essa l’arco in mano, alzandosi in piedi sopra la sedia, per esser veduta da tutti, fatto segno, che tacessero, parlò in questo modo:
Chi potrà mai vincere questo mio arco? Tutti ad una voce risposero: nessuno. Ella soggiunse, solo Mane Puto, cioè il Rè di Portogallo lo potrebbe vincere. Ora dico a tutti voi altri, che io già hó fatto pace con lui, nè voglio andar più per i deserti, come sin’ ora ho fatto. Adesso è tempo, che metta l’arco da parte (il che dicendo, lo buttò in terra) voglio vivere in pace, e quiete: già son vecchia, che non posso andar più raminga come ho fatto per il passato. Ringrazio tutti de’ travagli passati nella guerra, e ora in fare schiavi per riscattare la mia Sorella. Essa stà qui già in mia compagnia, che è quanto io desideravo (qui vene Donna Barbara sua Sorella, e si buttò in terra volgendosi, come è lor costume di ringraziare della grazia ricevuta). Adesso ognuno attenda a coltivare e vivere in pace in sua casa, che qui starò ferma sin che viverò. Voi sapete, che per il passato ho tenuto solo un marito, e questo fu costume de’ miei antepassati; gli altri che tenevo, erano solo per grandezza; ma io non facevo vita con essi. Ora vi ho qui chiamati per farvi sapere che Domenica voglio maritarmi conforme la Chiesa Cristiana, e questo per dar’ esempio a voi altri, acciò tutti vi battezziate, e congiunghiate in Matrimonio, e viviate da buoni cristiani.
Noi abbiamo già fatta la Chiesa, qui tenghiamo l’Enganga Cappuccino, che ci stà insegnando la verità, e quello che dobbiamo fare per aver pace con Dio; ognuno pensi a se stesso, e alla grazia che Dio gli fà. Da qui avanti non si a da vivere più da gentili; tutti avete a farvi cristiani, e chi vuol maritarsi, si mariti. Io vi dò l’esempio come avete a fare, e D. Barbara mia Sorella ancora si mariterà con D. Giovanni Mani Lumbo.
E qui licenziò la gente. Haec sunt formalia verba, che ella disse, le quali si può piamente credere essere state dettate dallo Spirito Santo.
Con questo esempio si sono battezzati fin’ adesso 80 Macotta, tutti i Principali, e tutte le Dignità, e circa tre mila persone. Il non essersi battezzati assai più procede dal non poter catechizzare tanta gente. Ben si può dire: Haec mutatio dexterae Excelsi e rendere infinite grazie alla Bontà Divina, che con tanta prontezza si comunica alle sue creature, facendo dalle dure selci nascere i figli d’Abramo. Di più tanto l’istanza che mi fa la Regina d’un altro Missionario, che obbligato dalle sue preghiere, e anco per battere il ferro ora che è caldo e concorrere dalla parte mia alla salute di tante anime, ho fatto risoluzione fra quindici giorni mettermi in viaggio e andare in persona ad assistere due mesi a Matamba, sperando in essi catechizzare e battezzare molta gente; e essere d’alleggierimento al Padre Antonio.
Se bene dall’altro canto lascio questo luogo solo con un Laico, che è il Capo della Missione. Che se questa gente potesse penetrare che io parto per tanto tempo che saranno circa cinque mesi tra il viaggio e l’assistenza, non sarebbe possibile partire. In oltre un Sova (cioè Signore di vassalli) della Provincia del Lubolo, chiamato Gunzambambe, fà grandissima istanza di volersi battezzare con la sua gente.
Il Governatore d’Angola mi stringe di maniera con lettere, che non posso più resistergli, stante le grande obbligazioni che gli tenghiamo, acciò mandi un Missionario a battezzare detto Sova, per essere assai poderoso. Di sorte, che arrivato ad Embaca, spedirò il P. Giovanni Antonio da Monte Cuccoli per battezzare detto Sova; però non gli posso dar licenza di trattenersi se non un mese, o poco più; perché dove egli assiste è Cura d’anime, e non si può lasciare. Ho mandato l’Ubbidienza al P. Antonio da Seravezza, acció si ritiri da Cassange, e mandato in suo luogo un’altro Sacerdote.
Ho voluto aggiungere questa alla relazione mandatale, perché dovendo fare un viaggio cosi dilatato, e pericoloso, occorrendo alcuna cosa, o disastro di morte, mi trovi aver soddisfatto all’offizio mio di dar relazione dello stato della Missione. Io non faccio menzione de’ travagli de’ poveri Religiosi, perche già si suppongono: basta dire che si stà tra barbari, e ad ogn’ora nascono fra piedi mille intoppi; e quel ch’è peggio, d’onde uno doverebbe sperare consolazione e soccorro. Del tutto sia ringraziato il Signore. Non mi si offerisce altro che riferire V.P.M.R., con tutti i Padri e Religiosi della Provincia, e mi raccomando alle loro orazioni.
Massangano, li 10 Aprile 1657
Di V.P.M.R.
Servo nel Signore Affettuosissimo
F. Serafino da Cortona
Capucino Prefetto
MONTUGHI (Firenze) – Ravagli del Congo, 192 – 196.
Monumenta Missionaria Africana, vol. XII, pags. 107-110
Anexo 4
A relação de 3 páginas nos Archives congolaises, 1919, pags. 47-50, atribuída ao Padre Serafino de Cortona é, segundo Teodoro Filesi, a tradução de Breve racconto della nuova Conversione della Regina Ginga operata da Dio per mezzo del P. Frat’Antonio Romano… Descrita dal P. Giacinto di Vetralla, e tem a data de 26 de Novembro de 1658.
Archives Congolaises, pag. 47 a 50
Relation de la conversion de la reine Ginga, opérée par les soins de Fra Antonio Romano et décrite par Serafino da Cortona, préfet de la mission du Congo.
Ginga, anciennement reine de l’Angola e de Dongo, maintenant souveraine de Matamba, a reçu au baptême le nom chrétien de Donna Anna Gonza.
Elle a lutté contre les Portugais pendant trente ans de 1625 à 1655, a réussi, un jour, à tuer leur général, s’est emparée d’un noble seigneur portugais, lui a fait trancher la tête, et s’est servi du crâne pour boire la « malafu ». Aussi, sa réputation de guerrière formidable la faisait-elle redouter non seulement des blancs, mais des tribus indigènes qui avoisinaient son royaume, car elle était anthropophage, sorcière et faisait scalper ses ennemis tués sur le champ de bataille.
Elle avait dans son armée des amazones auxquelles il était permis d’enfanter des enfants mâles ; les filles étaient jetées en pâture aux chiens.
Elle conservait et faisait adorer les ossements d’un de ses frères et lui offrait des sacrifices humains. Ces sacrifices étaient également offerts dans le cas de fléau, maladies, etc.
Elle avait été baptisée, parce qu’elle avait séjourné à Loanda, à la suite d’une guerre entre les Portugais et le roi de Dongo. Celui-ci avait promis au gouverneur d’Angola de payer la rançon da sa principale femme et de deux des sœurs de Ginga, prises dans un combat. Comme il ne s’exécutait pas, le gouverneur entra en colère contre le roi qui, craignant les suites de sa négligence, envoya Ginga Bande (en fiote, Nzinga, Mbandi Ngola) en qualité d’ambassadrice à Loanda. C’est là qu’elle fut baptisée. Il s’en fallut de peu que le roi lui-même ne reçut le baptême. L’entreprise ne réussit pas sous un prétexte futile : une querelle de noms baptismaux. Les deux sœurs de Ginga furent baptisées et reçurent les noms de Donna Buonagratia et Donna Barbara au lieu de Sinlefungi et Cambo, leurs noms indigènes. Seulement, les velléités chrétiennes du Roi de Dongo avaient indisposé contre lui les notables de son royaume. L’ambitieuse Ginga profita habilement de ces dispositions, excita les nobles à la rébellion et fit empoisonner le souverain. Son fils, âgé de neuf ans, lui succéda. Ginga n’hésita pas un instant à le faire jeter dans le Coanza pour s’assurer le pouvoir. C’est alors qu’elle commença sa longue lutte contre les Portugais. Elle ne recula devant eux que pas à pas, perdit le royaume de Dongo, qui fut confié à un de ses parents, rallié aux Portugais, s’empara de celui de Matamba et s’unit même avec les Hollandais.
Un jour, elle fit prisonniers deux missionnaires et un prêtre séculier (PP. Bonaventura de Corella et Francesco de Vias), les interrogea, s’enquit d’eux et de sa religion, les reçut avec bienveillance et les laissa retourner à San-Salvador avec une escorte. Elle écrivit plusieurs fois à Loanda et spécialement au P. Serafino da Cortona, pour s’informer de sa sœur Dona Barbara. Ce que voyant, le P. Giacinto da Vetralla demanda à Rome l’autorisation d’établir une nouvelle mission en son royaume et désigna Serafino da Cortona comme préfet (1654). Malgré l’opposition du clergé séculier, le P. Antonio Romano partit avec cinq missionnaires, emmenant avec lui Dona Barbara pour la rendre à Ginga. Il fut reçu avec bienveillance et écouté avec attention. La reine lui permit d’ériger à Banza, sa capitale, une église appelée S. Maria di Matamba. Elle fit cesser, après quelques hésitations, la cruelle coutume de mettre à mort les nouveau-nés ; elle répudia ses nombreux maris, déclarant qu’elle voulait vivre désormais avec un seul, légitimement choisi ; elle fit un discours à son peuple et l’exhorta à la monogamie, elle affirma enfin, qu’elle voulait faire son salut et pour cela ne plus prêter l’oreille aux conseils insidieux des sorciers diaboliques, qu’elle voulait vivre en paix avec le roi de Portugal et obéir aux ordres du Saint-Siège.
Le gouverneur d’Angola, apprenant cette conversion, envoya des cadeaux à la reine et fit prêcher publiquement sur ce sujet.
Quant à la cassette en argent où Ginga conservait les cendre de son frère, elle l’a fait transformer en lampadaire pour l’église.
Les succès de la prédication et de l’apostolat religieux dans le peuple ont été également fort importants. En l’espace de huit mois, Fra Antonio Romano a baptisé plus de trois mille personnes, en un seul jour cent cinq notables.
Et la renommée de cette éclatante conversion a pénétré si loin que le roi de Casange a demandé l’introduction des missionnaires en son pays et s’est fait baptiser avec vingt-huit de ses fils, tous d’âge assez avancée. Tous vont aussi journellement à l’école. Le roi de Dongo a, de son côté, invité les religieux à séjourner en son royaume.
Le potentat de la région de Libolo, Gunzambambi (Gunzambamba, roi d’un village du même nom au Hako, 10° 3’ lat. S, 15° 3’ long. E.) a écrit par trois fois au gouverneur de Loanda dans le même sens.
La conversion de Ginga a eu un retentissement extraordinaire en Portugal.
On l’attribue en partie à une aventure étrange dont fut le héros Ginga Mona (Antonio Carrasco Nzinga a Mona), le principal capitaine de la reine. Il trouva, dans le butin qu’il avait conquis sur le chef Ovando (Ovando, Oando ou Wandu, 7° 5’lat. S., 15° long. E.), un crucifix dont il ne sut que faire et l’abandonna en un endroit isolé. Pendant la nuit, le Christ lui apparut en songe et le menaça de sa colère s’il n’allait rechercher le précieux emblème. Ce que fit Ginga Mona. La reine, troublée à son tour par ce récit, n’eut plus qu’un désir : celui de voir à sa cour un des missionnaires du Christ.
Cette notice date probablement de l‘année 1656.
Obras de ficção:
Azevedo, João Maria Cerqueira de, Jinga, Rainha de Matamba, Braga : Oficinas Gráficas Augusto Costa, 1949
Castilhon, Jean-Louis (1720?-1793?). Zingha, reine: histoire africaine, Paris, Hachette, 1972
Online : http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k85830z
Duquesa de Abrantès, « Les Femmes célèbres de tous les pays, leurs vies et leurs portraits : Zingha Reine de Matamba et d'Angola » par la duchesse d'Abrantès, pp.6-25. (1835) Online: http://aflit.arts.uwa.edu.au/zingha/zingha01.html
McKissack, Patricia, Nzingha, Warrior Queen of Matamba, The Royal Diaries, Scholastic Inc., New York, 2000, ISBN 0-439-11210-9
Mussa, Alberto, O trono da rainha Jinga: romance, Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1999, ISBN 9788520909744
Pacavira, Manuel Pedro, Nzinga mbandi - 3ª ed. - [Luanda] : União dos Escritores Angolanos, 1985. - 217 p.
Sweetman, David, Queen Nzinga - the woman who saved her people, London, Longman, 1976, 40 pag.
Sobre os “Jagas” - textos consultados
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Bontinck, François, Un mausolée pour les Jaga, in Cahier d’études africaines, Année 1980, Volume 20, Numéro 79, pag. 387-389 ; Online: http://www.persee.fr
Heintze, Beatrix, The Extraordinary Journey of the Jaga through the Centuries: Critical Approaches to Precolonial Angolan Historical Sources*in History in Africa, Vol. 34, 2007, pp. 67-101
Hilton, Anne, The Jaga reconsidered, The Journal of African History, Vol. 22, No. 2 (1981), pp. 191-202
Miller Joseph C., The Imbangala and the Chronology of Early Central African History, The Journal of African History, Vol. 13, No. 4 (1972), pp. 549-574
Miller, Joseph C., Requiem for the “Jaga”, in Cahier d’études africaines, Année 1973, Volume 13, Numéro 49, pag. 121-149
Online: http://www.persee.fr
Miller, Joseph C., Thanatopsis in Cahier d’études africaines, Année 1978, Volume 18, Numéro 69, pag. 229-231
Online: http://www.persee.fr
Pinkerton, John, A General Collection of the Best and Most Interesting Voyages and Travels in All Parts of the World; many of which are now first translated into English, b
Online: www.books.google.com
1 - A curious and exact account of a voyage to Kongo in the years 1666 and 1667, by the R.R.F.F. Michael Angelo of Gattina, and Denis de Carli, of Piacenza, Capuchins, and Apostolic Missioners into the said Kingdom of Kongo. p. 150
2 - Merolla’s, A voyage to Kongo, &c. p. 198
3 - The Strange Adventures of Andrew Battel, of Leigh, in Essex, sent by the Portuguese Prisoner to Angola, who lived there and in the adjoining regions, near eighteen years. p. 314
Pinto, Paulo Jorge de Sousa, Em torno de um problema de identidade: os “Jaga” na História do Congo e de Angola, in Mare Liberum, n.º 18/19, 1999/2000, pags. 193-243, ISSN 0871-7788
Purchas, Samuel, "The strange adventures of Andrew Battell of Leigh in Essex, sent by the Portuguese prisoner to Angola, who lived there,and in the adjoining regions, near eighteen years" from Hakluytus Posthumus or Purchas his Pilgrimes
Online: http://www.erbzine.com/mag18/battell.htm
Thornton, John K. , A Resurrection for the Jaga, in Cahier d’études africaines, Année 1978, Volume 18, Numéro 69, pag. 223-227 Online: http://www.persee.fr
Vansina, Jan, More on the Invasion of Kongo and Angola by the Jaga and the Lunda, in The Journal of African History, Vol. 7, N.º 3 (1966), pag. 421-429
Vansina, Jan, On Ravenstein’s edition of Battell’s adventures in Angola and Loango, in History in Africa, n.º 34 (2007) pag. 321-347
Vansina, J., e T. Obenga, Le Royaume de Kongo et ses voisins, in L’Afrique du XVIe au XVIIIe siècle – directeur Professeur B.A. Ogot. Edition abrégée. Paris. UNESCO. 1998 605 p. ISBN 92-3-201711-3
Rainha Jinga de Matamba - textos consultados
Archives Congolaises - Fascicule I, org. de E. de Jonghe e Th. Somar, Bruxelle - Vromant & C.e, Imprimeurs - éditeurs, 3. rue de la Chapelle, 1919
Boxer C. R., Salvador Correia de Sa e Benevides and the Reconquest of Angola in 1648, The Hispanic American Historical Review, Vol. 28, No. 4 (Nov., 1948), pp. 483-513
Cadornega, António de Oliveira de, História geral das guerras angolanas - 1680, anot. e corrigido por José Matias Delgado, Lisboa, Agência-Geral do Ultramar, 1972, 3 vols., Reprodução fac-similada da ed. de 1940
Catálogo dos Governadores do Reino de Angola, no Tomo III, parte I da Colecção de notícias para a história e geografia das nações ultramarinas que vivem nos domínios portugueses ou lhes são vizinhas, Lisboa, na tip. da Acad. Real das Sciencias, 1825. Obra em 7 volumes, publicados de 1812 a 1856
Online: http://books.google.com
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Giuseppe Pirola - Il "selvaggio" e la cultura europea del Seicento
Albert Maesen - Notice relative à l'inventaire ethnographique des dessins du manuscrit