António Cândido Gonçalves Crespo (1846-1883) nasceu nos arredores do Rio
de Janeiro,
filho de um negociante português e de uma mestiça,
vindo para Portugal com dez anos de idade. Formou-se em Direito na
Universidade de Coimbra em 1877, sendo colaborador do jornal “A Folha”,
de que era director João Penha, poeta que introduziu em Portugal o
Parnasianismo.
Naturalizou-se português, porque adoptou Portugal como pátria e porque
para exercer advocacia tinha que ser português. Casou, em 1874, com a
escritora Maria Amália Vaz de Carvalho (1847-1921) e, graças a ela e à
sua roda de amigos, fez carreira no mundo das Letras e também na
política, pois chegou a ser deputado às Cortes, pela Índia, em 1879 .
De saúde
débil, contraiu tuberculose, tendo vindo a faleceu dessa doença, aos 37
anos, em 1883 .
Gonçalves Crespo foi influenciado pela escola parnasiana, notando-se nas
suas obras poéticas o abandono da estética romântica. As suas poesias
foram reunidas nas colectâneas
Miniaturas
(1870) e
Nocturnos
(1882). Tendo casado com a escritora
Maria Amália Vaz de Carvalho,
escreveu em colaboração com ela o livro Contos para os Nossos Filhos,
publicado em 1886.
Em 1887,
são publicadas as suas "OBRAS COMPLETAS" prefaciadas por Teixeira de
Queirós e Maria Amália Vaz de Carvalho .
A poesia
Mater Dolorosa, transcrita a seguir foi musicada pelo menos pelo
brasileiro
Alberto
Nepomuceno (1865 – 1920).
Leia-se um
texto de Bulhão Pato sobre o poeta
aqui.
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