Página principal, aqui                  

Aquiles Estaço

 

INSIGNIA REGUM LUSITANIAE

 

Constiterant acies, deuotaque pectora pugnae,

Non aequae numero quamuis utrimque phalanges.

Nam qua se legio explicuit Maurusia, late

Conplebat spatia, atque undabant milite castra,

Et densae fremitu feriebant aëra turmae,

Nec numeranda putri sonitum dabat ungula campo.

At qua Lysiadum Alfonsus princepsque, ducesque

Tendebant, equitum raris apparuit alis

Et peditum adnixus raris exercitus hostis.

Exigui numero, seb bello uiuida uirtus.

Pugnassentque uiri, inerseque arma tulissent,

Nox nisi iam terris atras induceret umbras.

Partitur uigiles Alfonsus, ut undique tutis,

Inque uicem excubias agitet custodia castris.

 

I

 

Ao furor da batalha eram dispostos

Exércitos e peitos firmemente

Confiados em Deus, e sobre os rostos,

Embora o não confirme a pouca gente,

A visão do triunfo, os olhos postos

No valor da virtude combatente.

Mas com tanto inimigo, a luta inglória

Era bem mais certeira que a vitória.

 

II

 

Ia no arraial grande alarido

De mouros, que inundavam todo o chão.

O sol dava nas armas, compungido,

Com ver dum tal combate a proporção.

Mas Afonso, guerreiro destemido,

Não perde a confiança e a animação;

Antes em cada hora mais se anima

Na esperança de vencer, que tanto estima

 

III

 

Fraco número de lanças descobria

O dia, pouco a pouco, que findava;

Esta era a fina flor da Infantaria,

Em quem o rei Afonso confiava.

Mas não era menor cavalaria

A que o rei Lusitano circundava

(Numérica fraqueza comparada

P’la virtude na guerra experimentada).

 

IV

 

Com bélico furor se acende o peito

Na disputa tardia e duvidosa.

Mas não consente a noite que de jeito

Já vem descendo, calma e silenciosa,

Que o Lusitano e Marte preste peito

Com se of’recer à sanha porfiosa.

O próprio Afonso escala as sentinelas

E as outras que depois hão-de rendê-las.

 

 

 

Dumque putans animo per noctem plurima uoluit,

Expenditque omnes casus, bellumque retractat,

Hic subito e summi descendens uertice montis,

Forma noua ueneranda uiri, macieque suprema

Confecti, quales ipsis procul urbibus olim

Adsuetos duro uitam traducere uictu,

Et solos loca sola, atque auia semper amantes,

Diuini adloquii, et mira dulcedine captos

Secreti nemoris, uenerata Aegiptus amauit,

Procedit uerbisque Alfonsum adfatur amicis.

 

 

V

 

Imaginando, insano, a mente dada

à futura batalha o luso ingente,

Feliz sucesso à gente afortunada

Logo ali se mostrou, claro e patente:

Do alto de montanha alevantada

Surgiu uma figura calmamente.

No seu pálido rosto parecia

Que há cem anos ou mais que não comia.

 

VI

 

Quem é tamanho vulto emagrecido

A tão duro alimento condenado,

Como outrora o apóstolo atraído

P’la palavra de Deus, e em tanto estado,

Que os lugares ermos busca no sentido

De o verbo aí ouvir do Cristo amado?

Quem é tal vagueante, e que procura

Na doçura do bosque que murmura?

 

“Castra inimica uides, et qua nitantur opum ui

Quinque simul tecum infesti concurrere reges,

At tu, quem regis seruat tutela supremi,

Ne terrere, tuis cedent hostilia signis

Signa, tuoque cadet iamiam rex Ismarus ense,

Et reges alii, coniuratique manipli.

Postera uictorem nam te lux alma uidebit.

Haec tibi me mandata Dei patris unica proles

Ferre iubet, spe teque iubet praesumere bellum.

 

 

VII

 

Subitamente a voz se lhe soltou

Do fraco peito amigo, e diz “Não vês,

Ó Lusitano Rei, como enviou

A torpe Mauritânia tanto arnês?

E dos cinco reis seus que aqui juntou

A figura terrífica e joez?

Sem Deus não pode esforço e valimento

Contra tão grande e feio acampamento!

 

VIII

 

Mas tu, ó rei feliz, sob a tutela

De Cristo teu senhor e rei supremo,

Nada tens a temer, porque Ele vela

Por ti e pelos teus no sumo extremo.

Eis a divina ordem, a que sela

A vontade de Deus que adoro e temo:

Quando a Aurora seguinte ler a história,

Já tu podes cantar: “-Meu Deus, Vitória!”

 

 

Tu uero simul audieris me colle propinque

Dantem signa tibi, tinnitumque aere cientem,

Rumpe moras omnis, castrisque excitus ab ipsis

Progredere, et puro sustellens lumina caelo,

Scilicet astra inter magnum spectabis IESUM

Nudum artus, atque heu nodoso robore fixum.

Qualem nempe ferunt quondam comissa luentem

Nostra, necem diram, atque insontem plurima passum.

Qualem praecipua tu religione per omne

Et colere, et precibus solitus uenerarier aeuum.”

Dixit, et inde domum in montem se rettulit altum,

 

IX

 

 

Mas antes escuta atento o meu sinal

E mal soe a trombeta mensageira

Anunciando a glória a Portugal,

Lança o fogoso ginete na carreira

Contra a mourama fera e desleal.

Então, erguendo a espada justiceira,

Com os olhos no céu, na cruz pregado

Verás Cristo, inocente e mal julgado.

 

X

 

Membros nus, entre os astros, como outrora

No madeiro a cabeça está pendida

Sofrendo por nós todos numa hora

O sofrer que não cabe em toda a vida.

Assim o verás tu, e sem demora

Levanta ao céu a voz agradecida.”

E mais não disse o moço que defronte

Vai de novo a esconder-se ao escuro monte.

 

 

Alfonsus fundens lacrimas, genibusque uolutus,

_Omnipotens, inquit, genitor, cuique omnia parent,

Atque uno de me totiens quem plurima sensi

Promeritum, dignas equidem persoluere grates

Haud umquam eualeam, seu iam data munera, seu nunc

Promissum spectem, qui me discrimine tanto

Sollicitum, terrore graui, curaque leuasti.

Sed me conspecte ueluti defendis ab hoste,

Sic olim inuiso miseris mortalibus hosti

Eripe me, atque inuicte tuo da numine tutus

Te sequar, et tua deuenerans ut iussa facessam,

Nequa meis mea te auertant facta impia rebus.

Haec fatus nota sedes statione petiuit.

 

XI

 

Com fervor lacrimoso, o moço rei:

“_Omnipotente, disse, Regedor

a quem tudo obedece, e cuja lei

È mais que caridade e mais que amor.

Senhor por cuja graça me livrei

Do vistoso inimigo e do temor;

Pequena é esta vida por lutar

Por ti, e por teu reino acrescentar."

 

 

Noctem illam quamuis animum non amplius aegrum

Exercent tristes aliqua formidine curae,

Non tamen ipsa sinunt, et spes, et gaudia somnos

Ducere nam dulcem ardebat uisurus IESUM,

Ardebat pugnae iam certus uictos amore.

Sed nox interea caelo processerat alto,

Praeque diem ueniens ducebat lucifer almum.

Dantem signa audit, tinnitumque aere cientem

Alfonsus, rumpitque moras, castrisque relictis

Progreditur, puro et sustollens lumina caelo,

Scilicet astra inter magnum spectauit IESUM,

 

XII

 

Mas se o cuidado dum combate incerto

O não inquieta já, uma alegria

De saber ansioso que vem perto

A visão de Jesus no claro dia,

Cada hora que passa o vê desperto,

Sempre aguardando o filho de Maria.

Já pouco a pouco a luz apareceu,

Até que finalmente amanheceu.

 

XIII

 

Soa no ar a trombeta e o tinir

Das armas, que o sinal representava,

Que o rei Afonso havia de sentir

Como anúncio de Cristo que voltava.

Erguendo ao céu os olhos ao ferir

Finalmente a batalha, (já tardava!),

Eis vê na cruz a juvenil figura

Na sua eterna e doce formosura.

 

Et qualem monuit sibi uir pius ante uidendum.

Et genua aduoluens, salue o certissima proles.

Aeterni patris, inquit, ut haec te signa ferentem

Nec sat laudati, et laudandi semper amoris,

Quo genus humanum uictus, uictorque receptum

Seruasti,et tecum caelesti in sede locasti,

Aspicio, uenerorque libens in meque, meosque

Agnosco proprii et signa, et pignus amoris.

Nam mea religio signis non indiget istis,

Nec dubitanda fides in te, quem semper amaui,

Et colui, semperque colam, et quem semper amabo.

Ignaro haec hosti potius, caecaque ruenti

Nocte uiam monstrent ueri certissima signa.

 

XIV

 

O varão piedoso se animou

Com a vista divina; humildemente

Ao céu a sua voz alevantou:

“Do eterno pai, claríssima e ingente,

Ó certa prole, a ordem me chegou

Dessa tua vontade omnipotente.

Teu sinal agradece, ó sumo Rei,

Quem sempre combateu por tua lei.

 

 

XV

 

Nunca és assaz louvado, ó Redentor

Dos céus descido e para lá voltado.

Se na terra ficou o teu amor

No sustento da alma transformado,

O que poderá ter maior valor

Que a salvação do mundo desgraçado?

Vieste de juiz a ser o réu

E levaste os algozes para o cèu!

 

 

XVI

 

Estes sinais tão certos de bondade

Da tua potestade, que eu venero,

Com serem claras mostras de verdade,

A que sempre prestei culto sincero,

Não são o fundamento da vontade

Em que sempre guardei teu nome vero,

Porque se a fé aqui é mais constante,

Nunca deixou de o ser a cada instante.

 

 

Aut hac ille manu uictus, quid signa, quid arma,

Et tua quid possint uictricia numina, discat.

Plura Deus tali conantem in fine reliquit.

Ut rediit, sese fulgentibus induit armis

Ocius, arma, tubaeque et cornua iussa sonabant.

Ipsum adeo proceres, ipsumque exercitus omnis

Conueniunt, orantque ut regem quisque salutet

Voce, nouumque nouo de nomine surgere robur,

Atque alacres animis fore se maioribus, addunt.

Ille ait, hic quicumque honor est, mihi laudis abunde

Vobiscum o socii paribus sit cingier armis,

 

XVII

 

Mostrem cristãos a mouros o caminho,

Perdidos como vão na noite escura,

Errantes como as aves, que do ninho,

Vão buscando a pousada tão segura,

E só gasalho encontram num raminho

Oscilante e incerto, a pouca altura.

E mostrem-lhe também que outra vontade

Senão a tua vence em toda a idade”.

 

XVIII

 

 

As armas, as trombetas e os tambores

Juntamente ressoam, e cristãs

São as vozes nos nobres condutores

Ao céu erguidas, que as não julga vãs!

E toda a soldadesca ergue clamores

Em vozes tão alegres como sãs.

Cada um jura a si que há-de ofuscar

O que a pristina fama ousa contar.

 

 

XIX

 

Mas em toda a algazarra uma doçura

Que as almas vai de manso penetrando

Já dos céus desce, e cada vez mais pura

Vai em êxtase os homens colocando:

A voz de Cristo, que a sorrir murmura

A sentença celeste desvendando.

Ardem de amor os peitos pela glória

De verem Nele, clara, a sua história.

 

 

Et uera letum pro religione pacisci.

Multa reluctatem precibus tamen agmina uincunt

Atque nouum regem uno omnes simul ore salutant,

Mane nouo, ast armis non segnior ingruit hostis.

Concurrunt acies, ruit in certamina primus

XX

 

“Amigos, que cantais o meu poder

E que por ele aventurais a vida,

Em armas par convosco quero ser.

Sei que tendes virtude desmedida,

Mas não basta só essa p’ra vencer.

(Posto que seja muito requerida)

O que não pode às vezes o valor,

Pode uma prece feita com ardor.”

 

 

XXI

 

Quebrou-se o encantamento, e variado

Um geral coro vai-se erguendo ao céu.

O matutino sol alevantado

Pouco a pouco afastou o denso véu.

Na ânsia de vencer, alvoroçado,

Primeiro o Lusitano acometeu.

Correm cavalos dum e doutro lado

Alguns com dono e outros sem mandado.

 

Rex Alfonsus, equum mediosque inpellit in hostes

Obuia quaeque metens, simul illum exercitus omnis

Insequitur, totis edentem funera campis.

Fit caedes, altoque solum natat omne cruore,

Tuque cadis, tecumque cadunt rex Ismare reges.

Et iam rata manus de tot modo millibus errans

Militibus, regique nouo dat terga sequenti.

Exsoluit promissa Deus, nec spes sua regem

Ipsa nouum egregia fretum pietate fefellit.

Alfonsus laetos aris indicit honores,

Votaque pro tali persoluit munere gratus.

At Christo signa attolens exercitus omnis

Ore canit, simul ipse canit rex ore triumphum.

 

XXII

 

O moço rei Afonso vai primeiro

Começar a batalha, e pressuroso

Logo o segue o esquadrão aventureiro

De chefe tão audaz como orgulhoso.

De mortos está juncado o chão, ribeiro

De sangue de cobarde e valoroso.

Cada um joga a vida na baralha,

E ceifa, corta, fura, como calha.

 

 

XXIII

 

Ó mouro chefe Ismaro, já caíste,

E contigo outros reis, a quem de Cristo

A lei e protecção lhes não assiste.

Ao fim, claro milagre e nunca visto

Do teu poder, ó Deus, Tu consentiste

A sonhada vitória que eu avisto.

Cumpriu-se, Cristo, o teu divino mando

Neste feio combate e miserando.

 

 

XXIV

 

Não iludiu a esp’rança o confiado

Rei Lusitano, que na piedade

Do seu senhor supremo era embalado.

Acabada que foi a mortandade

Um novo coro ao céu alevantado,

Foi do rei e de toda a cristandade.

Aos altares agradece Afonso a sorte

De livrado ter sido à certa morte.

 

Tum crucis in speciem clypeos quinque ordine certo

Digerit, et clypeo mox quina numismata cuique

Inscribi iubet, hoc monumentum, insigniaque olim

Quinque simul reges uictos, diuinaque dona,

Quinaque per clypeos inscalpta numismata quinque

Diuini pretium testantur sanguinis, illud

Infelix lucrum Iudae infelicis, et ausi

Vendere terdenis non aere parabile nummis.

Namque facis clypeum medio, clypeique resumens

Signa, crucem clypeo, terdena numismata signis.

Testantur quina infixi cruce uulnera Christi.

Sic caelo oblatam speciem, partumque triumphum,

Sic cultum rex ipse suum demonstrat, ut omnis

Posteritas porro accipiat, tradantque futuris

Et regum reges nati, regesque nepotes.

Felices nimium reges, feliciaque arma.

 

XXV

 

No seu pintado escudo então mandou

Cinco escudos pintar em crus, memória

Dos cinco reis dos mouros, que matou

Num rasgo de ousadia e certa glória.

Também as cinco chagas recordou

No pregoeiro escudo da vitória;

E por aqui não fica esta lembrança,

Que Afonso quis deixar por sua herança.

 

 

XXVI

 

Pinta cinco moedas no primeiro,

De maneira que seis contar podia

Repetindo o do meio, e faz inteiro

O mesmo a cada um, que juntos via.

Ficam trinta moedas, o dinheiro

de Judas infeliz, que em tal quantia

Se aviltou e perdeu, lucro infeliz

Do traidor que matou o seu juiz.

 

XXVII

 

Assim o Lusitano vai mostrando

O seu culto sincero e agradecido,

De um heróico lutar perpetuando

O sinal por padrão ali erguido.

A este rei o pai há-de ir contando,

Ao outro o não fará o avô esquecido.

Todo o futuro enfim terá memória

De um feito dos maiores da nossa história.

 

Quaeque hominum non ars, non ipsa industria sollers

Excudit nostris insignia regibus olim,

Nostris mirus amor sed Christi regibus aequi.

Ille creat reges nostros, insignit et ille

Tutaturque, suo praesens et numine firmat.

Quinetiam angustis e regni finibus ille

Protulit imperium longe terraque, marique

Et Libyae, atque Asiae, atque extremi finibus orbis,

Hos dominos, atque hos inuicto robore reges

Imposuit, sua signa aliis, cultumque ferentes.

Et nunc ille quidem primo te flore inuentae,

Prima Sebastiane eois procul arma uolentem

Ferre iubet spoliis redeunt orientis onusti

Mille duces, et nunc Libycis tua fulminat oris

Dextera, bellantum saeptus felicibus armis

Lysiadum, caelo caput o macte indole tollis.

Aemula quem uirtus memorem uirtutis auitae,

Iamque at auos superantem, et auos, incendit et usque

Addentem partis etiam regna altera regnis,

Et Christum, pietas cui militat ista docentem.

 

XXVIII

 

Não são estas indústrias fabricadas

De humana indústria, mas do milagroso

Amor de Cristo único inspiradas.

(Felizes armas, português ditoso!)

As suas potestades são criadas

P’lo mesmo Cristo amável e bondoso.

E sob o régio mando, os Lusitanos

Sempre constantes envelhecem de anos.

 

 

XXIX

 

Fazem-se ao mar as naus serenamente,

O império pouco a pouco se dilata.

Meio mundo vem já; do Oriente

Manando vão ribeiros de ouro e prata.

África, Ásia… Quasi omnipotente,

A gente Lusitana ao céu é grata.

Cruzam o mar as nossas caravelas

E a bandeira de Cristo vai com elas.

 

 

XXX

 

E tu, Sebastião, vistoso rei,

Da família cristã florente aurora,

Eis que tomas as armas pela lei

Ardendo em combater, tal como outrora.

Ontem voltou a cobiçosa grei,

E partir hoje a fazes sem demora…

Pelos campos da Líbia já fulmina

O teu braço que fere e desatina.

  

XXXI

 

Que essa tua virtude dos maiores,

Que tal fruto deixou a tal herança

De heróis na guerra, santos e doutores

Te recorde, ó ditoso, a confiança

Que tiveram em Cristo e seus favores

Esses mesmos guerreiros! Que a lembrança

Ajude a acrescentar os reinos teus

Ensinando a virtude e a lei de Deus.

 

 

 

 

 

Texto original:

Ad Gregorium XIII Pontificem Max. Sebastian I Portugalliae… Regis nomine obedientiam praestant Iohanne Gometio da Silva, oratio habita ab Achille Statio Lusitano,    

eiusdem

Monomachia. Navis. Lusitaniae et Insígnia Regum Lusitaniae versib. descripta.

Romae, apud Iosephum de Angelis, 1574

 

 

Tradução livre de

António Dias Miguel, Aquiles Estaço : algumas notas bio-bibliográficas - Lisboa : [s.n.], 1942. - 50 f. -  Tese de licenciatura em Filologia Clássica apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 1942, Cota TL-LP 358