14-5-2011

Primeira página              

ANDRÉ DE RESENDE (cont.)

 (1500 - 1573)

 

Anexo 4

 

 

ANDRE DE RESENDE cujo nome será sempre celebre nos Annaes da Republica litteraria, naceo na illustre Cidade de Evora no anno de 1498 e foy filho de Pedro Vaz de Résende, e Angela Leonor Vaz de Goes ambos descendentes de nobres Familias principalmente a dos Résendes de que elle ainda que modestissimo sendo provocado se vangloria escrevendo a Jorge Coelho è

 

Jactabis tu forsan Caelios tuos, aut potius Cuniculos: opponam ego clarissimam olim, & nunc non obscuri, nec humilis fastigij Resendiorum gentem à Vasco Martino Resendio, cui magno cognomen fuit, atavo per Gallionem seu mavis Aegidium Vasium abavum, Vascum Martinum minorem proavum, Martinum Vasium avum, Andream Vasium patrem Resendios ad me legitimis nuptis, & liberali matrimonio derivatum. Ego Lusitanum equitis filius sum, qui bello Hispaniensi sanguinem pro patria non semel fudit.

 

Na pueril idade de dous annos ficou Orfão de seu Pay, mas suprio esta falta a prudente vigilancia da Mãy, que conhecendo o agudo, e perspicaz engenho, de que o dotara liberalmente a natureza, o mandou instruir naquelles rudimentos de que erão capazes os seus annos, para que fizesse mayores progressos nas sciencias de que dava firmes esperanças o seu genio. Professou na flor da adolecencia o instituto da Sagrada Ordem dos Prègadores, cujos Prelados admirando a vivacidade da sua comprehensão o mandarão no anno de 1512. a Alcalá, e depois a Salamanca, onde aprendeo as letras humanas com Antonio de Nebrissa, e Ayres Barbosa Oraculos da Lingua Latina, e Grega, e sahio em hum, e outro idioma tão perito, que chegou a arrebatar as attençoens destes dous insignes Mestres, não sendo menos versado na Hebraica, em que o instruhio o celebre Nicolao Clenardo, que da mesma Universidade de Salamanca o trouxe para Mestre da de Coimbra por ordem de ElRey D. João o III. Com a mesma facilidade estudou as sciencias mayores recebendo a borla doutoral na faculdade de Theologia. Dezejoso de augmentar os thesouros de erudição sagrada, e profana, que já possuia, passou a Pariz, onde mereceo as estimaçoens dos Varoes mais doutos daquella Universidade não sendo inferiores as que lhe fizerão João Vaseo, João Campense, e Rogero Rescio egregios professores das linguas Latina, Grega, e Hebraica. Deste domicilio se transferio para Bruxellas obrigado da authoridade de D. Pedro Mascarenhas Embaixador delRey D. João o III. ao Cesar Austriaco, convidando-o para que o instruisse nas letras humanas, a cujo estudo era muito inclinado, e obedecendo promptamente à insinuação do Embaixador o tratou com particulares significaçoens de affecto, e o insinuou na graça de Carlos V. que summamente estimava a Résende usando com elle de tanta benevolencia, que muitas vezes se lembra deste Principe com agradecidas expressoens. Recebendo em Flandes a funesta noticia da morte de sua Mãy a quem ternissamente amava, voltou no anno de 1534 o. a Evora, onde lhe consagrou à sua memoria como indelevel padrão do seu affecto este elegantissimo epitafio.

 

Memoriae, et pietati dicatum.

 

Salve mea Mater faemina innocentissima cui me inter cunas

relictum pius pater fidei tuae non ignarus, extrema voce comisit

moriens: cujusque perpetuo castissimoque viduvio educatus liberaliter

annos triginta octo quidquid id aetatis sum, quidquid futurus postea

acceptum fero: audita morte tua adsum ab ultimis Germanis parentatum.

Conlacrumans maestiter justa solvi, & quoniam Te una mea mater adempta

miserabilem, et orbum taedet patriae olim dulcissimae, iterum perergre

revertor.

L. Andrèas Resendius

 

Angelae Leonoriae Vasiae matri pientissimae

et B. M. D. S. P.

 

Tão altamente lhe penetrou o coração esta fatal calamidade, que para não ter presentes os estimulos de huma pena, que julgava ser inconsolavel determinou auzentarse para sempre da sua patria; porém como ElRey D. João o III. não quizesse, que o Reyno ficasse defraudado de hum tão insigne Varão, lhe impedio a resolução nomeando-o Mestre de seus Irmãos os Infantes D. Affonso, D. Henrique, e D. Duarte (e não ElRey D. Manoel, seu Pay como com erro manifesto escreverão Mireo, e Scoto na Bib. Hispan) e antevendo, que a vida Claustral, que professava, lhe serviria de grande obstaculo para exercitar este ministerio, alcançou faculdade Pontificia para que mudasse o Habito Religioso pelo Clerical, o que executou no anno de 1540 . e ainda que viveo o largo espaço de trinta e tres annos separado da companhia dos seus Religiosos sempre observou exactamente a disciplina regular, como se vivera no Claustro, vendo-se sómente a mudança no Habito, e não em os costumes. Na sua patria habitava em humas Casas, que tinhão hum ameno jardim, cujo circuito estava ornado de antigos marmores, em que se lião gravadas varias inscripçoens. Pouco distante dellas edificou huma Quinta muito deleitavel pela copia de arvores, e abundancia de agua, que corria de huma sumptuosa fonte, na qual estavão abertos em hum marmore estes Versos.

 

Exere Nai caput tenebrosa é rupe; laetumque

Vise tibi sacrum, pomiferumque nemus;

Per quod ubi laeto discurris libera fluxu

Arboribus veniat copia laeta tuis.

 

Sobre esta fonte levantou huma Casa de prazer, e no seu frontispicio estava esculpida huma Cruz, em cujo pé se lião estes Versos.

 

Flecte genu; en signum, per quod vis victa tyrani

Antiqui; atque Erebi concidit Imperium:

Hoc tu sive pius frontem, sive pectora signes,

Nec Lemur Au insidias, spectra Aqvana time.

 

Para este dilicioso domicilio se retirava alguns dias onde acompanhado dos seus familiares passava o tempo altercando com elles varias questõens litterarias.  Como fosse sempre inimigo do ocio abrio nas suas Cazas, que estavão contiguas ao Palacio Archiepiscopal, Escola publica aonde concorrião as principaes pessoas da Cidade de Evora a ouvir a sua doutrina distinguindose entre todos o Cardial D. Affonso, que o estimava com tanto excesso, que muitas vezes lembrado das instruçoens que delle recebera, entrava nella deleitando-se de ser ouvinte da sua grande erudição. Foy sempre ornado de espiritos generosos, e de hum desprezo tão heroico de todas as dignidades do mundo, que sendo summamente aceito ao Emperador Carlos V. a ElRey D. João o III. e aos Infantes seus Irmãos, nunca teve ambição de algum lugar honorifico, sendo o seu mayor disvello estar continuamente revolvendo os livros, e escrevendo em diversas linguas, que perfeitamente sabia, as suas doutas, e varias composiçoens.

Na indagação dos monumentos da antiguidade Romana foy singular, chegando neste genero de estudo a tal excesso, que todas as vezes que fazia jornada para alguma parte, levava diversos instrumentos para com elles os extrahir das entranhas da terra. Não applicou menor cuidado no exame das Actas dos Santos examinando para este fim os mais celebres archivos das Igrejas de Portugal, e Castella, de cujo immenso trabalho colheo copioso fruto, como escreveo Galesino na prefação do Martyrologio;  Lustratis Hispaniae Basilicis, Cathedralibus, compertisque antiquis tabulis Sanctorum Hispanorum Historiam diserta oratione contexvit, e João Vaseo in Chron. Hisp. Part. 1. cap. 5. Certe Sanctorum historias Hispanorum non alibi meliore fide scriptas reperias; quas ille ante annos multos lustrata feré tota Hispania tamquam quod futurum erat praesagiens, et summo studio perquaesiuit, et ex Ecclesiarum libris, ubi quam emendatissimé reperiri poterant accuratissime descripsit.  Por esta causa mereceo a primazia entre os mais celebres antiquarios assim sagrados como profanos sendo consultado como Oraculo pelos mayores eruditos da Europa como expressamente o confessarão Vaseo no lugar já allegado cap. 6. Si quid mihi suboriretur scrupuli ad illum tamquam ad asylum quoddam semper confugi, cujus exactissimum in re litteraria judicium non solum ego semper maxime feci, e Scoto in Bib. Hisp. Tom. 3. Classe 2. pag. 481. , Antiquitatis quoque patriae, praesertim vero sacrae peritus in paucis fuit; ut omnis aevi memoriam animo comprehensam haberet, ferrereturque in oculis quasi Oraculum esset civitatum. Consultus itaque frequenter Hispanis de rebus, et antiquitate à doctissimis hominibus, qui fasces illi subjecerunt etc.

 

Foy insigne Poeta imitando fielmente nas Epistolas a Horacio, e nos Poemas a Virgilio. Não foy menos feliz na Oratoria observando religiosamente os preceitos do Principe da eloquencia Romana de que são claros argumentos as Oraçoens, que recitou, huma em a Universidade de Lisboa em o 1. de Outubro de 1534 . e outra quando era Lente de Humanidades na Universidade de Coimbra em 28. de Junho de 1551 . conciliando pela expressão dos termos, e energia da representação os applausos de todos os Academicos. O seu estylo era grave, elegante, e discreto, afectando muitas vezes algumas palavras escuras em obsequio da Veneravel antiguidade de que foy observantissimo cultor. Soube com perfeição a Arte da Musica, cujos suaves preceitos destramente exercitava não sómente cantando, mas tangendo diversos Instrumentos. Na sciencia Theologica não mereceo menor veneração, que na Rhetorica Ecclesiastica com a qual em numerosos Auditorios fez tão respeitado o seu nome, que o elegeo por seu Prégador ElRey D. João o III. e o foy do Serenissimo Infante Cardial D. Henrique. Estes tão insignes dotes de que prodigamente o ornou a natureza, e a arte, lhe alcançarão as estimaçoens dos Monarchas, e Principes Portuguezes; dos Varoens mais famosos do seu tempo, como forão Jeronymo Osorio, Damião de Goes, Achiles Estaço, Jeronymo Cardoso, e Diogo Mendes de Vasconsellos Portuguezes, Erasmo Roterodamo, Conrado Goclenio, e João Vaseo Flamengos, João Phlu, e João Dantisco Polacos, o Cardial Antonio Puccio Italiano, e Martim Aspilicueta Navarro, Gracilasso, Ambrosio de Morales, Bartholameu Kabedo Espanhoes, e por outros Sabios com quem teve erudita comunicação. Considerando, que era mortal mandou laurar a sua sepultura na entrada do Capitulo do Convento dos Dominicos de Evora querendo conservar entre a frialdade das cinzas o ardente affecto, com que sempre amara a Religião de que fora filho. Na Campa se gravou este Epitafio.

 

L. Andraeas Resendius H. S. E.

 

 Morreo na sua patria em 9. de Dezembro de 1573 . quando contava 75. annos de idade. Foy de estatura alta, olhos grandes, cabello crespo, cor morena, de aspecto alegre, e tão affavel para os domesticos, como severo para os discipulos. O seu nome será sempre memoravel na posteridade, e nunca bastantemente applaudido, pelas pennas dos mayores Escritores pois alèm dos allegados o celebrão Andrad. na Chron. delRey D. João o III.Part. 3. cap. 69. Chamando-lhe Homem de muitas letras, e authoridade.Estaço Antig. de Portug.cap. 2. §. 25.  Insigne Theologo, e illustre antiquario... Lume notavel de varia erudicão, e universal Doutrina a quem como a Oraculo acudião com suas perguntas João Vaseo, João de Barros, Gaspar Barreiros, Diogo Mendes de Vasconcellos, Bartholameu Kebedo Conego de Toledo, Ambrosio Morales, e outros, e cap. 44. §. 4.  Excellente Theologo, Orador, e Poeta, Barreiros Corograph. fol. 2.I  Varam muy douto em todo o genero de disciplinas, e grande invéstigador de cousas antigas. Osor. in Epist. Nuncup. de rebus Emman. Vir doctissimus.  Cardos.Agiol. Lusit. 8 Tom. 1. pag. 269. no Comment. de 27. de Janeiro let. A.  exquisito, e acertadissimo antiquario.  Macedo Lusit. Purp. et Inful. pag. 225.insignis illius aetatis antiquarius. Sampayo in prolog., Vit. B. Petri Eborensis: Doctorem insignem Damian. de Goes in  Descript. urbis Ulyssip. Vir doctorum omnim judicio et calculo comprobatus. Arnold. Myllio in Epist. Dedicat.das suas obras a Simão Rodrigues.Ille enim omni doctrinae genere poetica, oratoriaque facultate, juxta atque Historiarum, Ecclesasticarumque rerum peritia instructus... ad patriae antiquitates illustrandas sic aggressus est, ut qui hominis industriam mirantur, plurimos, qui vero imitentur, paucos invenies. Bivarad Dextrum134. n. 6. Authorem classicum. Lud. a D. Franc. in praefat. Glob. Canon. diligentissimum  antiquarium. Nicol. Ant. in Bib. Vet. Hisp. lib. 2. cap. 10. n. 450.  "Criticus, et poeta celebris famae; et lib. 4. cap. 2. n. 23.'Vir eximiae eruditionis, et judicij, et lib. 7. cap. 4. n. 79. Lumen Portugalliae magnum, e na Bib. Hisp. recent. Tom. 1. pag. 66. col. 1.Opera ejus si legeris, omnes industriae accuratissimae, ac reconditae eruditionis numeros, sive in sacra, sive in profana re completos summa cum jucunditate experiaris.  Nicolao Clenardo allegado por Vaseo Chron. Hisp. cap. 6.Poeta insignis tanta carminis majestate, tam nervosis inventionis donatus ab Apolline, ut si in studio poetico perduraret, tam nobilem vatem haberet Ebora, quam olim genuit Corduba. Ambr. Moral. in Epist. ad ipsum Resend. Amo te Resendi doctissime, amo te, et unice profecto diligo: vel de tua nobilitate, quam mihi ego in bonis semper suspiciendam, et colendam existimavi: vel de tua ista insigni eruditione, et eximia Hispanae antiquitatis cognitione, quae nostrates omnes praecellere, et longo intervallo videris anteire: ut carminum tuorum jucunditatem mihi poetices amantissimo dulcissimam orationem, gravitatem eloquentiae commendabilem interim taceam, e na Chron. de España liv. 11. cap. 3 .  el Maestro Andréa Resendio de quien sempre, que se habla se habla de un Varon muy docto, y de gran juicio en todo genero de antiguidades.

Cellarius Geograph. Antiq.lib. 2. cap. 1. Sect. 1. §. 5. e 21.doctissimus  posto que se equivoca chamando-lhe Lourenço em lugar de Lucio, em cujo erro tinha cahido Abrahão Bucholcero in

Nologic. ad ann. 1577. Anton. Senens. in  Bibliotheca. Fratr. Ord. Praedicat. pag. 18.˜Vir doctissimus in politioribus litteris, linguarum notitia clarus, et omnis generis antiquitate mirus indagator, et verbi Dei praeco praestantissimus. Barnab. Moren. De Varg. Hist. de Merid. liv. 1. cap. 3. Varon inisigne. Manoel de Faria, e Sous. Cathal. dos Escrit. portug. Original de que usamos, famoso en letras humanas, e no-Comment. às Lusia. de Camoens. Cant. 3. Estanc. 127. Judiciossimo No Epit. das Hist. Portug.Part. 5. cap. 15. se enganou fazendo dous Resendes diferentes, hum que escreveo Historia; e outro Vidas de Santos sendo o mesmo, cuja opinião errada seguio Joan. Suar. de Brito in Theat. Lusit. Litterat. lit. A. n. 44. Fons. Evor. glorios.pag. 404.resplandecendo entre tantos astros como Sol entre as Estrellas Marinho Fund. de Lisboa liv. 1. cap. 7. eruditissimo, & ibi. cap. 10. diligentíssimo Monteiro Claust. Domin. Tom. 3. pag. 136. Echard. Script. Ord. Praed. Tom. 2. pag. 221. Leytão Memor. da Univesidade de Coimb.pag. 539. n. 1154. Jacob. Userius de ritan. Eccles. primord. cap. 137. Patr. Angel. Sper. de Professor. Grammat. lib. 4. fol. 401. Ghilin. Theatr. di huom litterat.-Tom. 2. pag. 17. Possevin. In Appar. Sacr. Tom. 1. pag. 76. Nicol. Coelius ad lect.  Virum in omni disciplinarum genere consumatissim Au Philip. Lab.& in Mantissa antiquariae supelectilis. Eduard. Non. Censur in libellum de Regn. Port. Origin. fol. 3. , Lusitanarum antiquitatum maximus indagator. Flavius Jacob. Odar. lib. 1. ode 4.  

 

Permessi vada limpidis

Immisces Durij fontibus et nova

Cingis fronde comas ó decus ò jubar

O splendor patriae gentis, et unicum

Vatis praesidium tui. 

 

Petrus Sanches in Epist. ad Ignat. Moral.  

 

Tu quoque dum summis descendent montibus umbrae

In mare declivi current dum flumina cursu

Docta per ora virùm volitabis magne Resendi.

Te querulo extinctum gemitu, sparsisque capillis

Thespiades, Nymphaeque simul flevére Taganae,

Atque hederas digitis flava de fronte viretes

Immixtas Sacrae lauro decerpsit Apollo,

Fregit, et iratus Cytharas, et eburnea plectra:

Heu quot thesauri faecundo pectore in illo

Reru antiquarum miracula quanta latebant?

Non plura edocuit Varro, Carentave mater;

Versus aut cecinit Delphis oracula Phaebus.

 

Jeronimo Cardoso in Epist. 6 . Cujus praeclara eruditio quasi lumen aliquod exctinctis jam pene litteris elucet.e no liv. 2. Elegiar.Eleg. 10.

 

O cui Palladiam Phyto facunda coronam

Praebuit auratam Phaebus, et ipse lyram.

O cui praemisit natas audire canentes

Mnemosyne Aonij fons, et origo chori:

O cui conclusit raras in pectore dotes

Natura haud ulli mitior ante viro.

Quid facis Andraea nostrae lux unica gentis

Et generis nimiùm firma columna tui.

 

Et in lib. 1.b Sylvar.

 

Quae te tam fausto, & claro sub sydere natum

Sustulit? Andréa nostrae decus addite genti;

cujus in astra volat clarum per saecula nomen

Curribus evectum famae...

Ecce venit toti vates Heliconius orbi

Lampada dimotis nebulis, & clare daturus

Lumina; nunc hederis nunc lauro cingite crines

Castalides vestras, tantoque occurrere vati.

 

 

O P. Antonio dos Reys no Enthusiasmo Poetico, que serve de prefação aos seus Epigrammas. n. 4.

 

Celeber Resendius, orbis

Quá patet immensus fama bene notus, avená

Seu cupiat cecinisse levi, seu dicere prosá:

Ille sub obscuris latitantia saxa ruinis

Qui prior incubuit, potuitqne evolvere Lusis,

Unica Romanae retegens vestigia gentis.

  

 

Catalogo das obras impressas.

 

 

Libri quattuor de Antiquitatibus Lusitaniae. Eborae apud Martinum Burgensem 1593 .  fol. Acessit liber quintus de aniquitate Municipij Eborensis à Jacobo MenetioVasconcellio.Romaeapud Bassam 597 .8. Coloniae Agrippinae ex Officina Brickmanica .  1600 .  8. Coloniae apud Gerardum Grevemburch 1613 .  8.& in Tom. 2.Hispan. Illustrat.  à pag. 892. usque ad 893. Francof .apud laudium Marnium 1603 .  fol.

 

Historia da Antiguidade da Cidade de Evora. Evora por Andre de Burgos 1553 .  12.% e segunda vez examinado pelo AuthorEvorapelo dito Impressor 1576 .  12." vertida em Latim por André Scoto  Colon. Agrippinae ex Officin. Birckmannica .  1600 .  8. in Tom. 1. Oper. Resend.à pag. 255. usque ad 303.

 

Pro Sanctis Christi Martyribus Vincentio Olyssiponensi patrono, Vincentio, Sabina, et Christhetide Eborensibus civibus, & ad quaedam alia responsio ad Bartholameum Kebedium Sancte Toletanae Eclesiae Sacerdotem Virum doctisimum. Olyssip. apud Franciscum Garcionem%in Officina Joanis barrerae Typ. Reg. 1567 .  et in Tom. 2.Hisp. Illustrat. Francof .apud Claudium Marnium 1603 . fol.a pag.  1003 . ad  1021 .  Colon. apud Gerardum Grevemburck „1613 .  8.Colon. Agrip. apud Offic. Birckman .1600 .  8. in Tom. 2. Oper. Resend. M pag. 151. usque ad 226. A esta epistola chama doutissima D. Nicol. Ant. in Bib. Hispan.Tom. 1 . pag. 66. col. 2.

 

Endecasyllabum ad Sebastianum Regem.

 

Ad Deum Patrem ob calamitatem sectarum oden.

 

Ad Christum optimum maximum Resendij Confessio carmen.

 

Epistola ad Reverendum in Christo Patrem D. Gasparum Casalem Episcopum Leirinensem.Verso Heroico.

 

Responsio Epigrammati Oratoris Regis Angliae in Effligiem Sebastiani Regis.

 

 

Todas estas obras poeticas sahirão Olysipone4apud Franciscum Garcionem in Officin. Joan. Barrerae 1567 .  4.et Colon. Agrip. ex Officina Birckamannica1600 .  8.

 

Epicedion, et ode de rapto Daciae Principe. Bononiae apud Joan. Baptist. Phaellum 2533. 4. et Colon. Agrippin. ex Offic. Birckmannica 1600. 8.in Tom. 2. Oper. Resend. à pag. 57. usque ad 60.

 

D. Emmanuelis P. F. invicti filiae, D. Joannis III. P. F. invicti Sorori Mariae Principi erudissimae Epistola Heroica. Conimb.7apud Joan. Barrerium, et Joan. Alvarum Socios Typ. Reg. mense Julio1551 .  4. et Colon. Agrip .ex Officin. Birckmannica. 1600 .  8.in Tom. 2.Oper.à pag. 78. ad 82.

 

Ad Epistolam D. Ambrosij Moralis viri doctissimi inclytae Academiae: Complutensis cq Rhetoris, ac regii historiographi responsio. Simul.

 

Ad Sebastianum Lusitaniae Regem Serenissimum ob regni acceptum regimen Carmen. Eborae apud Andream Burgium Typ. Seren. Princip. Cardin. Mense Mayo1570 .  .Esta Poesia sahio Colonie Agrip .ex Offic. Birckman .1600 .  8. in Tom. 2. Oper. Resend. à pag. 84. ad 88. A reposta a Ambrosio de Morales sahio no livro intitulado Deliciae Lusitano-Hispanicae Colon .  apud Gerardum Grevemburch. 1613 .  8. et Col. Agrip. ex Offic. Birckman. 1600 .  8.in Tom. 2. Oper. Resend.à pag. 233. ad 263. et Tom. 2. Hispan. Illustrat.  Franco apud Jacobum Marnium 1603 .

 fol.à pag.  1023 . ad  1031 .

 

Ad Philippum Maximum Hispaniarum Regem ad maturandam  adversus rebelleis Mauros expeditionem cohortatio. Carmen.Simul.

 

Ad Sebastianum excelsum Lusitaniae regem epigrammaEborae apud Andreum  Burgium  mense Martio1570 .4.et Colon.  Agripin. ex Offic.  Birkmannica 1600 .8. in 2. Tom.  Oper. Resend.à pag. 99. ad 106.

 

Vincentius Levita, et Martyr Opus epicum in duos  libros divisum. Cum adnotationibus, Authoris. Estas  notas fez à petiçao de seu amigo Martinho Ferreira para mayor clareza  do Poema as quaes compoz no breve espaço de  dezdias.  Olyssipone apud Ludovicum  Rodrigues 1545 .4.& ibi Typis  Joannis Barreira 4.  Colon. Agrip. ex Offic.  Birckman. 1600 .8. in Tom. 2.  Oper. Resend.à pag. 5. ad 90.

 

Ad Fernandum Rhotorigium Almadicum Rhotorigii Fernandi  Almadici filium optimae spei puerum.  Carmen epicum. Colon.  Agrip .ex Officin.  Birckman. 1600 .8.in Tom. 2. Oper. Resend. ad 40. à pag. 36.

 

Epistola heroica, sive invenctiva in Vitam aulicam, et  simul carmen Petrejo Alphani suo.  Bononiae apud Joan.  Baptist. Phaellum  1533 . 4.6

 

In obitum Joannis Tertii Lusitaniae Regis conquestio.Ulyssipone apud Joannem  Blavium. 1567 .4.et  Colon. Agrip.ex Offic. Birckman.  1600 .8. in Tom. 2.  Oper. Resend.à pag. 72. ad 17 .

 

Duae epistolae heroicae, altera ad Lupum Scintillam,  altera ad Petrejum Sancium.  Ulyssip. apud Joan.  Blavium 1561 .4.et  Colon. Agrip.ex Officin. Birckmannica  1600 .8. in Tom.  2 . Oper. Resend.  à pag. 107 .ad 122 .

 

Oratio pro rostris  habita in Olyssiponensi Academa Kalend. Octob. an.1534 . Olyssipone apud Germanum  Gallard .1554 .4. 

 

Oratio habita Conimbricae in Gymnasio regio  anniversario Dedicationis ejus die IV. Calend. Julij.1551 .  Conimbricae apud Joan. Barrerium, et  Joan. Alvarum Typ. Reg.  1551 .4.et  Colon. Agrip. ex Offic.  Birckmanica 8. Tom.  2.  Oper. Resend.à pag. 266. ad 284.

 

Sermão prégado em ho Synodo Diocesano, que em Evora  celebrou o Reverendissimo Senhor D. João de Mello Arcebispo de Evora  ho primeiro Domingo do mez de Fevereiro1565 . Em Casa de Francisco Correa Impressor do Cardial  Infante nosso Senhor a hos XVII. dias de Agosto de1565 . 4. Sahio vertido em Latim  Colon. Agrip. ex Officin.  Birckman. 1600 .4. in 2. Tom.  Oper. Resend.à pag. 285. ad 304.

 

Ha Sancta vida, e religiosa conversão de Fr. Pedro  Porteiro do Mosteiro de Sanct Domingos de Evora. .Tem no fim, como nella vimos, estas palavras.Foy visto este Compendio per hos muitos magnificos e  reverendissimos Señores hos Señores Meestre Fr. Manoel da Veiga, e ho  Doctor Diogo Meendes de Vasconcellos Inquisidores, em este Arcebispado  de Evora por ho Cardeal Inffante nosso Señor, e per sua authoridade  que aquy vay interposta, Andree de Burgos Cavalleiro da Casa do dito  Señor, e seu Impressor ho imprimio emEvoranomez de  Octubro do año de1570 Foy esta vida traduzida na lingua  Latina por Fr. Estevão de Sampayo Dominico com alguns additamentos, e  sahio no livro intitulado

 

Thezaurus arcanus Lusitanis gemmis  refulgens. Parisiis  apud Thomam Perier  1586 .8.

 

Conversionis mirandae D. Aegidij Doctoris Parisiensis  Ord. Praed. libri quator.

 

Esta obra prometeo Fr. Antonio de Sena in  Bibliothec. Fratr. Ord. Praed. pag. 34.  que havia de imprimilla, cujo Original se conserva no Convento de  Santarem, o que executou Fr. Estevão de Sampayo no livro assima  allegado, na qual mudou, e acrecentou algumas cousas:  Qui utinam (

(como escreve o eruditissimo Echard inScript. Ord. Praed. Tom. 2. pag. 225.)  qualis à Resendio prodierat, reddidisset, notis suis  ubi libuisset tantum appositis: sacra enim sunt hujusmodi praesertim  clarorum virorum opera, quae temerare nemini licet.  Desta obra faz mensão Fr. Francisco BrandãoMonarc. Lusit.Part. 5. liv. 16. cap.  14 .

 

Breviarum Eborense.Olyssipone apud Ludovicum Roterigium  Bibliopolam Typographum RegiumR. Anno a Christo nato  millessimo quingentesimo quadragesimo octavo, mense Aprili.Começa o prologo composto por  Rèsende, com este titulo.  Ad Lectores.e abaixo principia  Accipite Christi JESU Sacerdotes, ac Sacerdotij  candidatiomnes Divinorum Officiorum juxta ritum Sanctae Eborensis  Ecclesiae Breviarum. 

 

De cujo trabalho, que applicou para esta obra faz illustre memoria  João Vaseo in  Chron. Hisp.cap. 5. dizendo. Ita  nitori suo restituit, ut non arbitror aliud reperiri exactiori judicio  concinnatum

 

Officium, et Missa Sanctae Elisabethae Reginae  Portugalliae. Ulyssipone .1551 .8.

 

Officium, et Missa Sanctae Gundisalvi de Amarantho  'Deste Officio diz Fr. Luiz de Sousa na  Histor. de S. Doming. da Prov. de Portug.liv. 5. cap. 11. „fora composto com  huns hymnos de tão fina Poesia, que se sente nella o cheiro da melhor,  e mais polida dos celebres Poetas antigos. Não somente  compoz os hymnos, e responsorios destes dous Officios quanto à letra,  mas a Solfa do Cantochão, em que era muito perito para por ella se  cantarem, como o mesmo Resende na Epistola ad Kebediumjá allegado, escreve. Musici  exquisitioris decus non ambivi, tantum cum Officia non nulla hujus  nostrae Eborensis ‚ Ecclesiae à mea  Officina prodierint, ex eadem tantum adjeci duobus alteri Reginae  Sanctae Elisabeth, alteri huic D. Gundissalvi; (e  fallando do Officio de S. Gonçalo diz: B. Gundisalvi  Officium à me compositum mire extollis, gaudeo sane, et ita vere  adfectum esse te non solum gaudeo, sed exulto. Modulationem tamen  cantùs valde improbas. Quid ni improbes? Quum iam depravate typis  excusa sit, ut ego eam nec adnoscam, nec saltem cantare me posse ullo  modo sperem qui eam composueram. 

 

De Verborum conjugatione commentarius.  Ulyssipone apud Ludovicum  Rotirigium. 1540 .4.  Colon.  1610 .8.” He huma Arte de Grammatica para D. Leonor de Noronha, e seu irmão o Conde de Alcoutim filhos de D.  Fernando de Menezes II. Marquez de Villa Real.

 

Genethliacon Principis Lusitani Regis Joanis filij  prout in Gallia Belgica celebratum est à clarissimo Viro Petro  Mascaranio mense Decembri1532 .  Bononiae apud Joan.  Baptist. Phaelum 1533 .4.

 

Ludovicae Sigeae tumulus Elegia.Ulyssip.-apud Haeredes  Germani Galiardi 1561 .4.  Começa.  'Occubuit Sigaea decus telluris Iberae,

Ac aevi, ac sexús gloria prima sui.:

  

Epistola Joanni Vasaeo Viro doctissimo de Aera  Hispanorum. Colon. Agrip. ex Offic.  Birckmanica 1600 .8.  in. 2. Tom.  Oper. Resend. à pag. 123. ad 127. & Colon. apud Gerard.  Gravenburh. 1613 .8.no livro intitulado Deliciae Lusitano-Hispanicae.  et Tom. 2.Hispan. Illustrat. Francof. apud Jacobum  Marnium 1603 .fol. D à pag. 228. usque ad 832. Desta  obra se lembra Covarruvias lib. 1. var.  Resolut. cap. 12.

 

Pro Colonia Pacensi ad Joannem Vasaeum virum  doctissimum Epist.  Ulyssip. apud Joan.  Blavium1561 .4.et  Colon. Agrip. ex Officin.  Birckmanica „1600 .8. in Tom. 2.  Oper. Resend.- à pag. 128. usque ad 150. et Colon. apud Gerard.  Gravenburch. 1613 .8.no livro intitulado Deliciae Lusitano-Hispan.et in 2. Tom.Hispan. Illustrat. à pag .997 ad 1002 . 

 

Urbis Lovaniensis, et Academiae Encomium  

 

De Conrado Goclenio nobili rectore 

 

Oda ad Conradum Goclenium.

 

Ad Jacobum Menaetium  Vasconcellum urgentem antiquitatu Lusitaniae  editionem.

 

Ad Julianum Albium, et Petrum Sancium:  

 

Saturnalibus.Desiderio Erasmo RoterodamoS.

 

Desiderii Erasmi Roterodami encomium.

 

Ad Damianum Gojum Musicum.

 

De Vita aulica ad Damianum à Goes.

 

Ad Nicolaum Clenardum.  

 

Ad Andraeam Quatrinium.

 

Todas estas obras são  poeticas, e sahirão Colon. Agrippinae  ex Officin. Birckmannica.  1600 . in8. in Tom. 2.  Oper Resendij à pag. 13. usque ad 56. 

 

Alphonso S. R. E. Cardinali Emmanuelis Regis filio  Epistola data Eborae Calend. Octob.1533

 

Bartholomaeo Friae Albernotio Juris consulto  doctissimo Epistola.

 

Estas duas Cartas sahirão impressas no principio Antiquit. Lusitaniae. 

 

Ad Damianum Goesium Epistola. 

 

Sahio com as obras deste Author  Lovanii ex Officina  Rutgeri Rescij 1544 .4.

 

He escrita em verso heroico, e  começa.

 

Exemplo Damiane malo qui primus in aulam. 

 

Ad Hieronymum Cardosum epistola '

 

He a  5. entre as deste Author, e sahio  Ulyssipon. 1555 .8. 

 

De vita aulica ad  Speratum Martianum Ferrarium Lusitanum.  Bononiae apud Joan.  Baptist. Phaellum.  1533 .4. 

 

Epitome rerum gestarum in India a Lusitanis anno  superiore juxta exemplum Epistolae quam Nonius Cugna dux Indiae  maximus designatus ad Regem misit ex urbe Cananorio IV. Idus Octob.  anno MDXXX.Lovanii  apud Servatium Zassenium  1531 .4.etColon.  Agrippinae ex Offic.  Birckman. 1600 .8.et in Tom. 2.Hispan. Illustrat. à pag.1372 . usque ad1378. Desta obra faz menção  Antonio de Leon  Bib. Orient. Titul. . Com esta Impressão de Lovanha  sahirão.

 

Sylvulae duae ad Henemannum Rhodium Praepositum  Regensem Oratoremque ad Caesarem Livoniensis Archiepiscopi.

 

Começa a primeira.

Quid non longa dies mutat?

 

E a segunda.  

Sulmonis gelidi exulem.

 

Oração na entrada, que ElRey D. Sebastião fez em Evora  em 5. de Novembro de1569 .Sahio impressa  na Histor. Sebastic. „composta pelo P.  Fr. Manoel dos Santos Monge Cisterciense Chron. do Reyno de Portugal,  e Academico supranumerario da Academia Real.Lisboa por Antonio  Pedroso Galrão 1735 .fol. a qual está no liv. 2. cap. 8.  pag. 177. 

 

Poema  Latino, que consta de 16. Dystichos em  louvor de Fr. Marcos de Lisboa Chronista da Religião Serafica,  impresso no principio do 2. Tomo da Chronica, o qual começa.  

Altera Francisci procerum turma exit, adeste

Quos nova, quos vera noscere mira juvat.  

 

Adversus stolidos politioris litteraturae  oblatratores.

Carmen. Franco.  apud Fobrenium.  1531.

 

Poema Latino, que consta de 132. versos heroicos em  applauso do insigne Vicerey da India D. Luiz de Attayde.  Sahio impresso no principio da Historia deste Heróe  composta por Antonio Pinto Pereira  Coimbra por Nicolao  Carvalho. 1617 .fol.  "

 

 

Catalogo das obras não impressas

 

Chronic. Lusitan. cuja obra tinha em  seu poder, e della usava Fr. Bernardo de Brito, como elle escreve na Monarc. Lusit.Part. 2 liv. 7. cap.  28.–

 

Summario dos Reys de Portugal allegado  por Francisco Suares Toscano nos Parallel. de Var.  Illust. cap. 112. e143.

 

Chronica delRey D. Affonso Henriques ; escrita de sua  propria mão a tinha em seu poder o Chantre de Evora Manoel Severim de  Faria; como testifica Fr. Antonio Brandão Mon. Lusit.Part. 3. liv. II. cap. 35.

 

Summario da vida do Infante D. Duarte, dedicado a seu  filho o Principe D. Duarte. 

Começa.  

Entre os filhos que delRey D. Manoel, e da  Serenissima, e Santissima Raynha D. Maria sua mulher ficarão, o mais  moço foy o Infante D. Duarte. Consta de 20. Capitulos,  cujo Original escrito, e assinado por seu Author vimos, e se conserva  na Livraria do eruditissimo Jozé Freire Monterroyo Mascarenhas, e he  allegado por Francisco de Andrade na Chronic. delRey D.  João o III.Part. 3. cap. 69.–

 

De institutione Ordinis Militaris  Avisiensis.Este tratado he allegado  pelo Illustrissimo Cunha in Decret.Part. 1. ad cap.  General.dist. 54. n. 90. Barbosa inSum. Apostol. Decis.Collectan. 305. e Mendo de169  Ordinib. Militar. Disqu. 1. quaest. 10. n.  190.  Fala na entrada da Princesa D. Joanna no anno de 1553 . Desta obra faz Résende menção na Epistola a Vaseo de Colonia Pacensi  dizendo-lhe.  Mitto ad te Oratiunculam quae nostrae  urbis nomine adventui Joannae Caroli Augusti filiae Principi nostro  desponsae publice sum gratulatus. Mitto autem Lusitane scriptam ut ad  semi Lusitanum. Sin tu jam omnino Hispanus factus es, scito etiam  Hispanis adeo placuisse, ut supra viginti exempla primores eorum à me  extorserint.

 

Concilium Olyssiponense,  -do qual diz in Epistol. ad Kebedium in fine.  Absolvimus circiter Saturnalia, vel potius Christiane  loquar, instante Servatoris nostri natali die sex Actionibus  distinctum. Crevit in justum volumen, ut quod Decreta contineat suprae  trecentum.

 

Livro de Architectura, ou traducção da Architectura de  Leão Bautista. Escreveo este livro por  ordem delRey D. João o III. de que Résende faz menção no Prologo da  Historia daAntiguidade da Cidade de Evora,  Se o deixou por legado a seu filho Barnabe de Resende,  e delle se lembra Estaço nas Antig. de Portug.cap. 44. §. 4. e no Tratadodas  Linhag. dos Estacos  pag. 42. 

 

Dous livros de  Aqueductos. Offerecidos a ElRey D.  João o III. no mez de Julho de1543 .  na occasião, que este Principe tinha condusido a Evora  a agua da fonte da prata pelo antigo aqueducto de Sertorio, os quaes  livros escritos da sua propria mão entregou ao Senado de Evora, e  delles faz memoria o mesmo Rèsende no cap. 3. da Hist.  da Antiguidad. de Evora.

 

Apologia pelo Aqueducto de Sertorio contra D. Miguel  da Sylva Bispo de Viseu,de que se  lembra no cap. 3. daHistor. de Evora.:Desta obra escreve  Diogo Mendes de Vasconcellos in lib. 5.Antiquit.  Ebor.  nesta forma . Cui (D. Miguel da Sylva)  elegantissimà epistolá accurate respondit, ut in ea  reconditos antiquitatis, et eruditionis suae thezauros in patriae  gratiam deprompsisse videatur, cujus ipse saepius mentionem facere  solet; ut qui in ea merito sibi complaceret, vir alioquin modestiae,  et candoris amicissimus. O Padre Francisco da Fonseca  na Evora Gloriosa pag.  405. diz: Lendo com  atenção as historias Romanas, e huns M S. ƒque hoje não temos, achou noticia certa do Aqueduto de  Sertorio, e procurou persuadir a ElRey que o renovasse. Oppozselhe  galhardam A e­ te o nosso D. Miguel da  Sylva, que não era menos erudito, e antiquario, e com hum elegante  livro provou, que erão sonhos, e chimeras quanto Résende dizia do  Aqueducto de Sertorio; porém appellando este da Theorica para a  Practica tomou conforme as noticias dos livros as suas medidas tão  ajustadas, que descubrio as ruinas, e os alicerces do Aqueducto  Sertoriano. Não pode D. Miguel negar as evidencias, nem ElRey deixar  de fazer huma obra que havia de ser a sua immortal estatua. Fez-se a“fabrica com deligencia, e introduzio- se em Evora a famosa agua da prata em cujos arcos e fontes levantou  Résende hum padrão immortal da sua fama.

 

Apologia, ou reposta, em duas Cartas Latinas escritas  em Evora em„1534 . a Jorge  Coelho acerca de algumas materias, que  contra elle arguira.

 

Expostulatio adversus Gasparem Barrerium ,de que faz memoria na Epistola ad Kebedum.

 

Carta escrita a João de Barros na qual evidentemente  mostra contra D. Rodrigo Arcebispo de Toledo, que D. Ximena Mãy de D.  Teresa mulher do Conde D. Henrique não fora concubina, mas legitima  mulher de Affonso VI. Rey de Leão.  De qua re(diz o mesmo Résende in lib. .Antiquit. Lusit.DeOrichiensi agro ) ad  Joannem Barrerium scripsi, et quidem prolixe. Desta  obra fazem illustre memoria Cardoso  Agiol. Lusit.Tom. 1. no Comment. de  22.de Fevereiro let. A. Franckenau in  Biblioth. Hisp. Hist. Gen. Herald.pag. 27. D. Jozé  Barbosa no Cathalog. Chronol das  Rainh. de Portug. 1pag. 7. e o Padre D. Antonio Caetano de  Sousa no .Apparat. à Hist. Gen. da Casa Real de Portug.pag. 38. n. 18. 

 

Opera Sidonij  Appollinarisemendou de muitos  erros de que estavão adulteradas como elle affirma in lib.  1.Antiquit. Lusit.in Tit.de Barbariis. 

 

Opera Aurelij Prudentij itambem as purgou de todas as imperfeiçoens, que lhe  tinhão acrecentado, dizendo desta obra João Vaseo in  Chron. Hisp.ad an. Christi 351 .Atque hanc hujusT loci restitutionem  Aurelij Prudentij non mihi debes, candide lector, sed L. Andraeae  Resendio, qui mihi hunc locum, atque alios nonnullos qua est  humanitate, communicavit. Is in hoc authore ad amussim plura  restituit, quemadmodum re ipsa experieris si quando, quos sub lima  premit, commentarios per occupationes serias potuerit evulgare. 

 

De jure Italico.Este  tratado diz o mesmo Résende na Hist. das Antiguid. de  Évora cap. 4. -Oue com ajuda de Deos  prestes sahirá a luz.

 

Monumenta Romanorum in Lusitanis urbibus  _dedicado ao Cardial D. Affonso, o qual escrito da  propria mão de Resende o tinha em seu poder  o  Illustrissimo D. Rodrigo da Cunha  como elle confessa na Hist.  Eccles. da Igreja de Lisboa Part. 1-  cap. 6. n. 5.

 

De Bracharensis urbis antiquitate, et laudibus Poema  epicum. Desta obra faz o seguinte  Elogio o Illustrissimo Cunha na Hist. Eccles. de Brag.Part. 2. cap. 71. n. 5. O grande Fr.  Angelo André de Resende da Ordem dos Prégadores a quem por doutissimo  em todo o genero de Antiguidade consultavão como Oraculo os mayores  Letrados do seu tempo... Dentro de dez dias lhe mandou  (a o Arcebispo de Braga D. Diogo de Sousa)  À hum Poema de mais de trezentos Versos da fundacão de  Braga tão polido, e apurado, tão cheyo de erudicão, e outras  elegancias poeticas, qual podia fazer o melhor poeta dos que hoje  veneramos.

 

De situ, et amplitudine urbis Ulypssiponenis  Elegia ; a qual allega Fr. Bernardo de  Brito Mon. Lusit.Part. 2. liv. 7. cap.  22.

 

Poema Epicum de Sanctis Martyribus  Ulyssiponensibus, o qual tinha em seu  poder João Tamayo Salazar como affirma no 4. Tom. doMartyrol. Hisp. -ad diem 10. Julij,  pag. 104."

 

Historia Sancti Rudesindi Episcopi; quam  etiam(são palavras de  Resende in lib. 1.  -Antiq. Lusit. de Monte  Corduba ) aliquando Deo bene juvante ex  tenebris in lucem proferendam curabimus. (Desta obra  faz menção Gaspar Estaço nas Antig. de Portug.  cap. 2. § 23.

 

Escreveo, mas não se sabe se acabou Rèsende esta obra de que elle  falla na Epist. ad Kebedum dizendo.  Petierat à me( Joannes  Vasaeus )á ut quosnam Deos ante Christi  susceptam gratiam peculiariter Hispani coluissent ad se scribere ne  gravarer et quaedam alia: quae dum commentarer, ingratus de ejus morte  nuntius commentationem illam meam hactenus interrupit.

 

Libellus de Pace Julia ad Franciscum  Nonium, como o mesmo Résende testifica  no liv. 4. -Antiq. Lusit. de Pace Julia.

 

Vida de S. Domingos de Cuba da Ordem dos Prégadores do  Convento de Santarem. Prometeo compor  esta obra in Schollis ad D. Vincentij Poema.pag. 41.

 

Sermão Latino prégado a 27. de Mayo de1534. no Synodo celebrado em Evora  pelo seu Arcebispo o Cardial D.  Affonso, o qual se conserva com as  Actas do mesmo Synodo no Cartorio do Cabido de Evora. 

 

Ad Virginem Aqualupanam Carmen.  .

 

In obitum Beatricis  Allobrogum Reginae Carmen.

 

De quo in Scholiis ad D. Vincentij Poem.pag. 49.

 

Ad Henricum Principem humanissimum Carmen.

 

Ad Brittonium Italum Carmende quo in  Schol. pag. 40.

 

Ad Joannam Vasiam faeminam eruditissimam Epistola.

 

Ad Nicolam Clenardum Epistola.  Ad Doctorem Fragosum Badajocensem. Epistola data  Eborae Idibus Maij.1556

 

Ad Jacobum Freyre Epistola data Lovanij Kalend. Julij1529 .  

 

 

Da: Bibliotheca lusitana historica, critica, e cronologica: na qual se comprehende a noticia dos authores portuguezes, e das obras, que compuserão desde o tempo da promulgação da Ley da Graça até ao tempo presente, por Diogo Barbosa Machado (1682-1772), 4 vols., 1741.